sábado, 8 de outubro de 2011

Madrugada

Horas silentes…
A cidade adormecida
Descansa de outro dia,
Extenuante, mas palpitante de vida;
De amares, de amores,
Esperanças, frustrações…
Leitos aquecem corpos que se desejam,
Raios de luar nas ondas do mar despejam
Purpurinas espumantes,
Ecos-suspiros de amantes…
E de veladas canções…
Soluça o vento, ao bailar dos arvoredos,
Geme baixinho, sussurrando os segredos
Que emanam, murmurantes, de sequiosos corações…
E no meu peito, meus mais secretos desejos, buscam do luar os flutuantes lampejos:
Participar também querem do festival de emoções…
És, madrugada, companheira solidária, dos meus anseios, a total depositária,
Dos devaneios, a cúmplice mais leal…
E, quando o sol esparrama no horizonte os fulgores de sua flamejante fonte,
Voltam os ritos do nosso mundo real…
Mas permaneço na minha credulidade que essa magia ainda será verdade…
E em breve adeus, num aceno de bonança,
A madrugada se vai, resguardando a esperança
Que nela eu sempre ponho! É alvorada no tempo,
é despertar do meu sonho!



Recebi do Clau.
Desconheço o autor

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